INSTRUMENTOS CURADORES DAS MSGs

Prof. Dr. HC João Bosco Botelho

I.INSTRUMENTOS CURADORES DAS MSGs PRÉ-NEO-CORTICAIS

  1. A DOR E O PRAZER

Um dos aspectos mais fascinantes do corpo humano é como ocorreu o processo de adaptação da dor-pessoal (DP) e do prazer à sobrevivência da espécie.

Um do grande obstáculo da neurofisiologia continua sendo estabelecer as correlações entre a forma e a função1, no sistema nervoso central e no sistema nervoso periférico, nos níveis macroscópico (órgão), microscópico (célula), ultramicroscópico (molécula), atômico (partículas formadoras do átomo) e subatômico (interação massa e energia).

Restam inúmeras e angustiantes dúvidas de como é possível, por exemplo, os infinitos átomos, que compõem as incontáveis moléculas, existentes em cada célula do corpo, se articulam entre si e com o todo para formar o ser vivente.

Dito de outro modo, se o saber empírico é suficiente para comprovar que as pessoas são capazes de sentir a DP e o prazer, de muitos modos e diferentes intensidades, torna‑se obrigatório existirem áreas, em todos os níveis acima mencionados, responsáveis pelas sensações dolorosas e prazerosas.

Apesar de os estudos da anatomia e da fisiologia terem desvendado alguns aspectos importantes da forma e da função dos corpos, especificamente, dos sistemas nervosos central e periférico, relacionados à DP e ao prazer, estamos longe, muito longe de compreender a maior parte das dúvidas.

Uma das barreiras é a fantástica multiplicidade das formas no micro e na macroestrutura, no ser vivente, gerando funções semelhantes.

As maneiras de sentir a DP e o prazer são infinitas. Desta forma, os limites da cura, entendidos como o produto final das sensações desagradáveis e prazerosas são modulados por meio de componentes distintos e interligados:

  1. Extrínsecos: a natureza circundante, o social e a História;
  1. Intrínsecos: os padrões genéticos herdados na reprodução sexuada e expressos nas cadeias do ADN.

O estudo das mentalidades, em diferentes períodos, mostra um repetir coletivo para escapar da DP2, a partir da ordem vinda de um ponto perdido na escala filogenética, atrás dos anseios fundamentais, ditados pelas memórias-sócio-genéticas (MSGs).

É traduzida na vida de relação, desde os tempos imemoriais, na liberdade para buscar, mais e mais, o conforto físico e emocional, aqui compreendido como a liberdade de ir e vir, de falar, de explorar e, sobretudo, a sede e a fome saciadas, o abrigo do calor e do frio, nunca resolvidos para a maior parte da humanidade.

Todos fogem da DP e procuram o prazer. A polaridade entre o conforto e o desconforto, sentidos no corpo, são as chaves acionadoras das MSGs.

Todas as relações interpessoais e com a natureza, com ou sem ajuda da técnica, que resultem prazerosas, são acatadas, sem esforço, pela maioria. Sempre que a ordem social insiste em limitá‑las, ocorre resistência. A rebeldia contra a falta da terra, como garantia da comida, o sexo limitado, o alimento escasso e a incrível sedução pelas drogas proibidas são partes importantes do mesmo universo.

As mensagens oral e escrita, estruturadas na ambiguidade objetivo‑subjetivo ou, sob certas leituras, do profano-sagrado, trazendo a esperança de amenizar a DP, são sempre bem aceitas e festejadas pelas MSGs.

Nenhum poder ordenador   conseguiu conter, durante o tempo todo, apesar de utilizar, frequentemente, da brutal repressão nos porões da intolerância de todos os matizes, a expressão clara das MSGs no cotidiano.

A capacidade de convencimento, fazendo parte da ideia institucionalizada, assenta‑se, sobretudo, na história das representações, das ideologias e das mentalidades constituídas a partir do saber acumulado e sobre ele. Por essa razão, continua muito significativo, junto às massas populares, a sedução exercida pela ação política, prometendo maior conforto.

O empenho do poder, propondo a mudança, não obtém resultados, quando toca, de modo inadequado, nas MSGs.

O medo da DP continua tão forte quanto os mecanismos objetivos organizados pelo corpo para superar a dor3, comprováveis no laboratório, e os subjetivos, instituídos nos confins das moléculas dos sistemas nervosos4, de impossível reprodução laboratorial, criados pelos ainda insondáveis instrumentos ficcionais, para atenuá‑lo ou confundi‑lo.

É possível compreender, nesse ponto, a fantástica relação entre a DP e o prazer com o nascer da consciência, diferenciando o cérebro da mente5, traduzindo uma etapa significativa da corrente, entrelaçando a natureza circundante e o social nas MSGs.

O castigo, necessariamente carregado de sofrimento doloroso2,6, é imposto nos espaços sagrado e profano das relações sociais para gerar obediência.

O medo, advindo da ameaça da DP, passou a ser o limite de cada pessoa, expresso no alarma dos sentidos violentados, do permitido e do proibido.

O arcabouço da DP nas MSGs, transposto para o sofrimento coletivo, moldou a dor-histórica7 (DH) nas MSGs na espécie Homo.

A DH é o grito humano pela vida, pela liberdade, pela saúde, pelo conforto, pela dignidade, pela paz e pela ruptura das correntes que prendem o homem e as mulheres às tiranias.

É a razão da existência contínua, desde os primeiros tempos, da sistemática procura de uma ética na conduta humana, ligada à sobrevivência comum, registrada nos códigos de postura.

A atração pelo sagrado como mecanismo inato, parte integrante das MSGs, para compensar as DP e DH, ativando todos mecanismos endógenos da analgesia, encontrou resposta no brado da dor de todas as origens.

O exercício do poder, impondo o castigo doloroso aos resistentes, resultou nos princípios da dinâmica social, onde a coesão e a dissolução, em equilíbrio dinâmico, são dependentes, respectivamente, do predomínio do conforto e da DP, em determinado segmento da sociedade.

Os contestadores, compreendidos como agentes da dissolução ou pecadores, são punidos com o pior dos castigos: a dor:

Gen. 3, 16-19: À mulher, ele disse: “Multiplicarei as dores de tuas gravidezes, na dor darás à luz filhos. Teu desejo te impelirá ao teu marido e ele te dominará. Ao homem, ele disse: “Porque escutaste a voz de tua mulher e comeste da árvore que eu te proibira de comer, maldito é o solo por causa de ti! Com sofrimento dele te nutrirás todos os dias de tua vida. Ele produzirá para ti espinhos e cardos, e comerás a erva dos campos. Com o suor de teu rosto comerás teu pão até que retornes ao solo, pois dele foste tirado. Pois tu és pó e ao pó tornarás.”

Pelo outro lado, os curadores assumiram um papel de realce porque possuíam o dom de atenuar a DP e adiar a morte temida8. Também nos livros sagrados, referências maiores da ambiguidade sagrado-profana, são claros quanto ao destaque do curador:

Eco 38, 1-2:  rende ao médico as honras que lhe são devidas, por causa de seus serviços, porque o Senhor o criou. Pois é do Altíssimo que vem a cura, como um presente que se recebe do rei.  A ciência do médico o faz trazer a fronte erguida, ele é admirado pelos grandes.

Os mais antigos registros são contundentes. Os assírios e babilônicos entendiam o pecador como o rebelde possesso da anti-divindade. As palavras sortilégio, malefício, pecado, doença, sofrimento aparecem como sinônimos10.

Os atos coletivos, empregados para modificar a realidade, têm de estar, obrigatoriamente, assentados em pressupostos teóricos, ligados às MSGs. A coerência ao ato apreendido passa nas pontes que interligam o sistema nervoso central e o sistema nervoso periférico com o social.

Quem está vivendo a DP e a DH, de qualquer natureza, estampadas no rosto de penúria dos entes queridos estará sempre pronto para seguir qualquer proposta para finalizar o sofrimento. De modo semelhante, quando as aspirações são satisfeitas, a tendência é afrouxar a crítica e aumentar a coesão.

Os anseios dos homens e das mulheres, presentes nas MSGs, para reforçar o conforto, são um dos fatores que provocam o movimento social. Quando as ideias são desarmônicas com o anseio, nem mesmo os mais brutais meios de repressão conseguem mantê‑las ativas.

O poder ordenador, mesmo sem saber porquê, percebeu o valor dos registros sócio genéticos. Os seus agentes, os políticos vestidos de curadores, investem na conquista dos grupos sociais, através das mensagens repletas de dádivas ativando as variações simbólicas que tocam profundamente as MSGs gerando respostas na organização social.

Contrariando as concepções antigas do mapa neurológico das emoções, os trabalhos experimentais   demonstraram que o cérebro não tem uma só área responsável pelos sentimentos opostos10. Os indicadores apontam que os sentimentos de alegria e de tristeza estão situados em regiões cerebrais diferentes. Apesar de intimamente interligadas por meio de incontáveis sinapses, esses compartimentos cerebrais, certamente, ao receber o alerta contra a dor ou ao identificarem o indicativo ao prazer, processam de modo diverso as informações recebidas.

A região cerebral responsável pela expressão da raiva, que coloca o animal em guarda quando sente a sobrevivência ameaçada, está situada no septo anterior, na porção central do sistema nervoso. O estímulo com eletrodos dessa área, realizados em gatos domésticos, conseguiram mudar o comportamento desses felinos dóceis, transformando-os em animais agressivos a ponto de atacarem violentamente mesmo não existindo ameaça.

Muitas dúvidas continuam constrangendo os mais curiosos. A amasia ou a incapacidade de reconhecer as canções, descrita depois de acidentes vasculares cerebrais11 e a perda da capacidade de tomar decisões na vida social, após os traumatismos cranianos com lesão pré-frontal12 estão contidas nesse hiato.

Na acusa, mesmo com acuidade auditiva aérea e ósseas normais, as pessoas portadoras dessa patologia são até capazes de acompanhar o ritmo e dançar, porém, a música soa estranha e torcida. Nos traumas cranianos com lesão pré-frontal, o paciente mantém a totalidade da capacidade cognitiva, contudo assumem um ritmo de vida sem emoções frente aos imprevistos brutais do cotidiano, acompanhado de postura francamente antissocial. A ausência patológica de emoção no dia-a-dia pode contribuir no aumento da agressividade pessoal.

A partir desses estudos configurou-se a certeza do cérebro humano ter desenvolvido circuitos altamente especializados, decodificadores das emoções frente a muitos aspectos da vida social.

Os estudos da neurofisiologia se configuram no sentido de entender esses circuitos como entidades anatômicas e funcionais seletivas capazes de reagirem de modo diversos frente aos estímulos quanto mais conhecida é determinada sonoridade, menos neurônios são utilizados para ativar o circuito. É possível que essa evidência esteja relacionada com o fato de existir maior tensão emocional quando alguém sente o risco de enfrentar circunstâncias desconhecidas ou estressantes. Por outro lado, quanto mais sabida é determinada ação, mais tranquilo torna-se o repetir.

Não temos por que duvidar da maior abrangência desses circuitos cerebrais. Eles alcançam uma infinidade de aspectos da vida de relação por meio das ordens específica das MSGs.

Os entraves aumentam na razão direta do desvendar da menor estrutura. O desconhecimento fica mais denso a partir da molécula, portanto ainda muito distante do subatômico.

A DP e o prazer estão unidos em complexa ponte, construída durante o lento processo de humanização, envolvendo o sistema nervoso central e o sistema nervoso periférico com a genética, a natureza circundante o social.

Com o objetivo de aliviar a DP, o corpo, em nível molecular, elabora opiáceos endorfina, de morfina e encefálicas de composição química semelhante à morfina3. Na forte emoção, os opiáceos naturais podem exacerbar, a ponto de causar bem-estar, provavelmente, do jeito similar ao prazer determinado pelo uso da morfina e a heroína. Apontando na mesma direção, os modelos matemáticos experimentais demonstram que a sensibilidade dolorosa aumenta no estresse.

A fuga da DP e busca do prazer continua sendo duas    incontroláveis ordens filogenéticas. Por essa razão, constituem os pilares da ordem e da desordem sociais e impulsionam as pessoas para organizarem‑se com o objetivo de evitar a DP e buscar as fontes determinantes de prazer, a partir da liberação endógena dos opiáceos naturais.

Figuram entre os mais importantes mecanismos pessoais e coletivos que incitam ao prazer: o sagrado, a esperança no renascimento, a sexualidade como integrante da cooperação e a posse do território como garantia do alimento, da proteção contra as intempéries, todos acompanhados das variações simbólicas.

Aceitar o prazer e recusar a DP tem sido um ponto comum de incontestável relevância na vida humana. O corpo foi adaptado na intimidade dessas determinantes sociais e genéticas.

O processo evolutivo delimitou mudanças, em todos os níveis do corpo, capazes de ajustá-lo ao movimento social. É inconcebível pensar na DP e no prazer ligados somente às trocas metabólicas físico‑químicas ou ao exclusivo contexto societário. É tempo de interagir o social com a genética.

O conjunto das reações neurológicas e bioquímicas, ligando o ser ao mundo das ideias, só é consolidado nas mentalidades memorizado e reproduzido quando estiver elaborado em estreita consonância com as exigências pessoais e coletivas, requeridas no processo de humanização.

O ser é biológico e social. Ele não existe sem as relações de trocas e estas não seriam possíveis sem ele.

O conjunto formador que gera a ação apreendida não se dá sobre o nada. Não existe a função sem a forma. As estruturas nervosas, centrais e periféricas, responsáveis pela intercomunicação entre a memória, a linguagem, os sentidos e o social ligam‑se através de bilhões de sinapses. É a prisão mental de cada um. É a jarra de Pandora, de onde saem os infortúnios e as esperanças da humanidade.

As análises, pretendendo compreender e transformar a sociedade, desprezando um dos componentes extrínsecos (o social) e o intrínseco (a genética) não pode resistir à crítica.

As MSGs adicionam a coerência entre a forma e função de cada segmento dos corpos com o mundo das ideias. Só assim é possível entender a fina sintonia individual para sentir a DP e expressar o prazer nascendo das relações biológicas e sociais.

Esse conjunto muito denso dos limites da cura é a crítica da proteção pura.

2.SEXUALIDADE-COOPERAÇÃO-TERRITORIALIDADE

Não temos porque duvidar da interferência dos componentes sociais e genéticos nas telas que moldam as organizações socais de todos os animais. A partir desse pressuposto, os estímulos inatos em torno da sexualidade, da cooperação e da territorialidade estão unidos e determinam, em última análise, o tipo da organização social.

Os indivíduos adultos de sexos diferentes, de todas as espécies, arranjam-se para proteger um território capaz de garantir o alimento necessário à sobrevivência, em primeiro lugar, dos mais aptos do grupo e, secundariamente, dos mais frágeis.

A interação mais elementar entre o processo de busca, conquista e partilha do alimento para garantir a vida está inserida na afetividade materno-dependente. Deste modo, o pico máximo da dependência sócio genética entre indivíduos da mesma espécie está contido na relação mãe–filho.

As MSGs conduzem à prematura e maravilhosa aprendizagem sem experiência, moldando o ser no conjunto gregário da espécie. Com esse fito utiliza a sexualidade, a cooperação e a territorialidade como instrumentos atávicos oriundos da filogênese, isto é, pré-neocorticais, para fugir da dor e da busca do prazer.

Como os três elementos são complementares e indissociáveis, não basta o indivíduo possuir o território, a plena cooperação só é alcançada com o contentamento sexual duradouro.

Fora dos estudos comparativos das populações de hominídeos, torna-se mais difícil entender o corpo humano e lenta adaptação entre a forma e a função para fugir da dor e buscar o prazer.

Na África oriental, o sítio arqueológico de Afra, na Etiópia, revelou dados importantes sobre pequenos grupos de Australopitecos que viveram em torno de três milhões de anos13. É provável que possuíssem hábitos semelhantes aos atuais chimpanzés, com comunidades de até quinze indivíduos, vivendo fora das árvores e alimentando-se de vegetais e pequenos animais.

A mais importante adaptação à vida na savana, refletida na forma do corpo, foi a retificação do eixo da coluna vertebral que possibilitou a postura bípede. A libertação dos braços na marcha, obrigou o surgimento de significativas metamorfoses dos sistemas nervosos central e periférico. Por outro lado, a posição ereta provocou a mudança do coito, passando da preferência dorsoventral para a vento-ventral.

Os produtos finais dos ajustamentos dos corpos à sobrevivência na savana refletiram-se, decisivamente, no surgir das MSGs encortiçais, na espécie Homo, a partir da divisão de tarefas. O estorvo do deslocamento da fêmea grávida e da cria recém-nada, obrigou o aumento da cooperação entremeada da sexualidade e da territorialidade.

Nessa fase, os saberes acumulados apontaram para o sangue coagulável como o elo da vida. Ao contrário, o menstruo, impossível de coagular, tornou-se o sinônimo da antítese vital.

A evolução do trato sócio genético dos atos cooperativos avançou no sentido de estender a solidariedade além dos laços consanguíneos e envolver os indivíduos representativos na sobrevivência do grupo. Nesta fase do desenvolvimento das MSGs, é possível observar, sem qualquer dúvida, a existência de indivíduos especializados em adiar os limites da cura como os elos mais importantes para evitar a morte prematura.

Alguns esqueletos encontrados nos sítios arqueológicos, mostram a perfeita recuperação de ossos que sofreram graves fraturas nos braços e nas pernas, provavelmente, fruto das disputas pessoais ou dos acidentes de caça14. A formação do calo ósseo sobre a linha de fratura, que possibilita a restauração da função do membro, não se forma se membro não for imobilizado.

As comprovações arqueológicas em torno da cooperação, empurrando os limites da cura e firmando as bases da sociabilidade, não se restringem somente aos cuidados das fraturas. No Iraque, na gruta de sandar, encontrou-  -se um úmero amputado acima do cotovelo13 e na caverna de La Lave, na França, osso sacro transfixado por uma seta15. Pelo menos nos dois casos, alguém cuidou dos feridos e proporcionou a proteção e o alimento.

As MSGs que moldaram a convivência entre os indivíduos, possuindo ou não laços consanguíneos, desde tempos imemoriais, foram armazenados, notadamente, sobre a proximidade dos corpos. O sistema de comunicação pessoal que possibilitou a expressão dos sentimentos, traduzida na mímica ou nas linguagens, do agrado ou da repulsa frente ao par, também não se dá sobre o nada. É a aceitação dos sentidos natos, gerando respostas prazerosas na visão, no tato, no paladar, na audição e no olfato, os responsáveis pelo encanto.

Contudo, para que exista, na forma e na função dos corpos, o processamento de uma resposta positiva ou negativa frente ao estímulo, é indispensável haver um padrão anterior que sirva de referencial analítico.

As ferminas são partes integrantes desse sistema. Reconhecidas como substâncias químicas específicas produzidas e eliminadas pelos animais, são capazes de determinar modificações no comportamento social de outros animais, gerando aproximação ou distanciamento. As moléculas que as compõem são constituídas de poucos átomos de carbono e com o peso molecular variando de acordo com a função biológica. As que interferem no comportamento sexual possuem os maiores pesos moleculares.

As ações das ferminas alcançam o estado de alerta contra o perigo, a formação do grupo antes de atitudes coletivas, como a migração de aves, o repelir da competição, a proteção do território e o reconhecimento dos sexos.

Como a formação de qualquer molécula no corpo é intermediada pela ação conjunta entre o RNA e o DNA, portando de natureza genética, as infinitas variedades dos ferminas são frutos das sucessivas adaptações das MSGs, para atuarem como alertas contra a dor e pontes na busca do prazer.

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